É engraçado como as vezes achamos, e queremos, que a nossa dor, que o nosso sofrimento seja maior, e pior que os dos outros. Será que somos tão cegos. De achar que também nossas lamúrias devem ser escutadas antes, e prioritariamente, que qualquer outra. Tão difícil aceitar que todos somos iguais na essência, e que no sofrimento isso também acontece. Que todos temos nossas cota de dor neste mundo. E que não somos mártires por sofrer. Sofrer por amar. Sofrer por gostar tanto de alguém, que mesmo esse alguém não merecendo e o sentimento não sendo recíproco, ainda assim acreditamos que nunca vai haver outro igual. Ninguém é mártir por sofrer, nem vamos conseguir de volta o que nos foi tirado pelo destino seguindo pelo caminho da auto-piedade. Acredite, todos sofremos por amor, e no entanto não se fazem estátuas em praça pública em reverência aos que sofrem deste mal. Mal não! Amar nunca é mal, o amor é bem, o amor é para nos fazer bem. Não se sofre por amor. Se sofre sim, por amar alguém, cujo momento, fase ou sei lá o quê, não está pronto ou não é merecedor daquilo que sentimos. Coitados são aqueles não sabem retribuir esse sentimento ou o desmerecem. A força não está em quem destruíu essa história, e sim em quem chora, grita, se descabela e após isso se levanta e retira do nada coragem pra seguir em frente sua vida, apesar de tudo.
Aos heróis e heroínas que conseguem mostrar que são humanos
a ponto de dizer que sofrem por amor.
tendemos sempre a achar que nossa dor é maior, que nosso amor é maior.
ResponderExcluirmas voce tem razao , a maior dor é não saber amar...
beijo!
Importante ressaltar que, em princípio, o amor não exige sofrimento.
ResponderExcluirSeu texto é bem interessante. Parabéns!!! Adorei e aguardo a visita em meu blog, http://lenjob.blogspot.com
ResponderExcluirJoão Lenjob
Turbulencia
João Lenjob
Esta turbulencia há de passar
Mesmo que caia, caio também
Para não deixar que fique só
Só não rezo por você para que possa aprender
O que aprendi sem ter alguém
Sem pedir por pais ou Deus.
Prometo estar sempre com você
Olhando o azul do céu
E enchendo de algodão
Para ver se chove um pouco de amor
E paz no coração
Tocando a terra molhada com a mão
E fechando os olhos para sentir a suavidade das pétalas
E não a rispidez do dinheiro
Fazendo enxergar que tudo que planta cresce
E tudo que cresce cria raiz
Que não se quebra com atitudes
Que não gera ou permite o esquecimento
Que fere o peito e afeta a alma
Que não deixa a turbulencia passar.
A sensibilidade e a sensatez expressadas neste pensamento denotam uma perfeita crônica, na qual o tema é abordado com propriedade e de forma indubitável e por tanto com um domínio de conteúdo, próprios dos grandes escritores.
ResponderExcluirÉs arvore frutífera, que polinizada pelas letras, germina gerando teus textos, tão doces frutos...
Parabéns!