Voando por..

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

fortes...

É engraçado como as vezes achamos, e queremos, que a nossa dor, que o nosso sofrimento seja maior, e pior que os dos outros. Será que somos tão cegos. De achar que também nossas lamúrias devem ser escutadas antes, e prioritariamente, que qualquer outra. Tão difícil aceitar que todos somos iguais na essência, e que no sofrimento isso também acontece. Que todos temos nossas cota de dor neste mundo. E que não somos mártires por sofrer. Sofrer por amar. Sofrer por gostar tanto de alguém, que mesmo esse alguém não merecendo e o sentimento não sendo recíproco, ainda assim acreditamos que nunca vai haver outro igual. Ninguém é mártir por sofrer, nem vamos conseguir de volta o que nos foi tirado pelo destino seguindo pelo caminho da auto-piedade. Acredite, todos sofremos por amor, e no entanto não se fazem estátuas em praça pública em reverência aos que sofrem deste mal. Mal não! Amar nunca é mal, o amor é bem, o amor é para nos fazer bem. Não se sofre por amor. Se sofre sim, por amar alguém, cujo momento, fase ou sei lá o quê, não está pronto ou não é merecedor daquilo que sentimos. Coitados são aqueles não sabem retribuir esse sentimento ou o desmerecem. A força não está em quem destruíu essa história, e sim em quem chora, grita, se descabela e após isso se levanta e retira do nada coragem pra seguir em frente sua vida, apesar de tudo.

                                                                                                                       Aos heróis e heroínas que  conseguem mostrar que são humanos
a ponto de dizer que sofrem por amor.

um dia desses..

Um dia desses aí, chorei no colo da minha mãe. Como sempre o choro veio do nada, sem justificativa, sem motivação. Foi saindo assim, começou com um pranto calmo até se tornar um choro convulsivo e initerrupto. Enquanto ela acariaciava meus cabelos, fui me derramando em lágrimas. Lavei-me no meu próprio pranto. E assim fui-me sentindo mais leve, mais limpa. Mais pura, sem essas sujeiras desse mundo hipócrita. Mamãe não me perguntou nada. Ela parece ter o dom de saber o que as vezes acontece cá dentro de mim. Ela só me disse que chorasse a vontade, se isso fosse me fazer bem. E fez, como sempre faz aliás. Eu chorei por tudo de ruim e bom pelo que tinha passado. Pelas mudanças em minha vida e pelas esperanças, que as vezes eu perdia. E passou. Como passa tudo. Com ajuda daquela que me deu a luz e a única que não preciso explicar meus choros, meus risos e minha falta de ânimo. A que me entende além e aquém das palavras.

É sempre assim.

Ontem, senti de novo. Todo aquele jorro de sentimentos exuberantes e exultantes que tenho quando estou contigo. É sempre assim. Eu desço as escadas, anciosa sem conseguir controlar a respiração, me viro e te vejo. Bem ali, ao lado do carro, a me esperar, como se sempre estivesse ali. Como se estar ali fosse a coisa mais importante do mundo. E nos olhamos como quem está pra reconhecer tudo o que já se sabe. E eu corro, pra cair nos teus braços e perder-me neles. E me sinto assim tão segura, como tantas mulheres, meninas e moças que se sentem assim nos braços dos seus amados. E não importa se já te vi ontem ou se fazem meses que não nos vemos, a sensação é mesma. Que bom que é assim, pois se não fosse não faria mais sentido estarmos juntos. Assim as emoções vão se espalhando pelo meu corpo. Devarinho, pouco a pouco, você vai me acalmando, me fazendo ver como é bom quando estou com você.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Inesperado.

É que eu nunca esperei isso de você. Sempre vi que em você sempre havia muita coisa boa. Sabe quando olha-se alguém e se diz: - nossa fui com sua cara ou  você parece ser muito gente boa. Pois é foi assim que me enganei com você. Deixei-me iludir pelos seus carinhos, suas belas frases e esses seus olhos de uma pureza e bondade que me encantaram desde o começo. E lembro agora, todo mundo me alertava. Me diziam que eu era tola. E era mesmo, por que era em você que eu acreditava. Em mais ninguém. Você era tão especial que nada mais tava importando. Nem minha reputação, tampouco meu orgulho próprio. Você me tinha a hora que queria, do jeito que queria e principalmente, com uma entrega única. Inimaginável, era para mim que um dia você, meu tão sonhado príncipe, puxasse meu tapete e me deixasse sem chão. Sem chão, sem ar, sem direção. Me apoiava tanto em você, que quando tudo aconteceu cheguei a duvidar de mim mesma, duvidar se teria coragem de te deixar, mesmo te amando tanto. Mas tive, nem sei como retirei as forças que todos nós temos escondidas, enterradas bem no fundo de nós mesmos, em lugares que nem sabíamos que tínhamos. Essa força me fez ver, que apesar de agora ser eu quem vai sofrer, no fundo todos sabemos que no final quem perdeu mais foi você.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sabe aquela conversa que a gente teve aquele dia? pois é nem te falei sobre as coisas que estavam me irritando, muito menos dos meus inúmeros defeitos. É que me empolguei na parte boa do que sou e do que fui. Mas na real acho que está chegando aquela hora de novo. A hora que vou me cair e  me afundar no que sou. É que estou começando a sentir cá dentro aquele sentimento lânguido se espalhar. Mas dessa vez já estou conformada mesmo. É que eu espero que esse tipo de coisa volte de vez em quando, como um pesadelo recorrente do qual já estou até criando certa familiaridade. Em parte sei que ele só vem porque estou querendo que venha,  para que eu posso me reerguer dele melhor e mais intensa. Por outro lado isso me leva a um lado que muitas pessoas não gostam. Pois é agora a balança se desequilibrou e eu preciso colocá-la em posição. Mas antes preciso arrumar toda essa bagunça e ver o que tá causando isso tudo. Quer dizer, a razão eu sei. O problema está em como vou resolver tudo isso cá dentro de mim e fazer com que mude também tudo o que está errado ao meu redor. É que talvez ela esteja com a razão, eu estou me descuidando das coisas e isso só me prejudica. E por enquanto refletir é só o que tenho em mãos. Até a hora em que o mundo desabar e dentro dele me enterrar. Restando-me assim a alternativa de mudar.

desafio-vos

Vamos nos desafiar? um desafio novo e louco. Desafiando-nos está a vida. Desafia-se a todo momento, a cada dia, a sermos mais felizes, realizados e amados. Vamos ser amantes da vida e corrermos de braços dados com ela na praia, na beira do mar, com a água acariciando nossos pés descalços, sob a lua, numa noite mágica. Sendo eternamente gratos a ela por se doar inteiramente a nós, esperando apenas ser extremamente vivida. E bem vivida. Mais. Sendo deliciada, como se fosse um doce, a cada minuto, e como diria o poeta, como se fosse o último, com se fosse eterno. Se sonhar é viver, então sonhe e viva os seu sonhos intensamente. Pois se não há tempo que volte neste mundo, e sendo a derradeira hora certa, do que vale perder tempo com amenidades? .

divisão

A estupidez humana consiste no pior defeito. Como será possível que haja tanta gente assim no mundo?! Mas por que será toda essa provocação, toda essa vontade de fazer sentir-me mal? Ou ainda não percebeu que eu não estou legal, nem feliz com tudo isso. Acha mesmo que vai adiantar? só vai sucitar em mim mais raiva. E raiva só me leva para mais longe de teu abraço. Divida-me um pouco agora, comigo mesma. Isso longe de nos distanciar, só estreitará nosso laço. Laço de amor, amor de mãe, amor de avó, amor de amiga. amor e só.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

conflito

É que eu simplesmente não consigo entender a vida sem sinceridade. E se o que dou é isso, também quero recebê-lo..mas parece-me que nem todos estão acostumados com isso. Uma pena! perde-se muito quando não se vê sinceridade nos olhos do outro. Estranho como pessoas que deveriam me conhecer parecem se esquecer que comigo é assim. Talvez elas não me conheçam como me julgo conhecida. A imagem que se tem que outros de têm de você e o que eles realmente enxergam. difícil não é? também acho. Melhor então parar agora  e redirecionar intenções para que não haja conflito de sentimentos. Afinal quem sabe de si não precisa do que os outros pensam.

(revolta)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estou com um preguiça enorme hoje de tentar entender como eu cheguei até aqui. E nem estou falando de como decidi-me por odonto se antes sempre sonhara comigo com um estetoscópio no pescoço. como foi que de uma menina tão estudiosa que era fui me tornar uma alegre preguiçosa nos estudos, e em todo o resto também. Quando foi que me enchi de toda essa babaquice de querer tudo ao mesmo e tempo e do meu jeito. Agora parece que estou permanentemente cansada. Só os sonhos, o lindo ato de sonhar, na verdade, é que não mudou. Ainda quero ver e ter um mundo melhor, pessoas melhores, uma vida melhor. É que eu só queria bagunçar tudo agora, jogar-me inteira no precipício da minha alma. E quando voltasse, se voltasse, ir arrumando tudo aos pouquinhos, bem metodicamente mesmo. organizando sentimentos, lavando vontades, lustrando sonhos, tirando o pó das lembranças e restaurando velhas amizades. E depois de tudo isso feito, aí sim, me sentaria á mesa da minha vida e decidiria como vivê-la, que temperos utilizar, talvez até repetisse o prato, mas agora sem obrigação nenhuma de ser feliz. querendo só uma bela praia, calma e paradisíaca, para descansar minha, agora tão descrente, alma.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Encontrei seu lugar..

É. acho que agora que encontrei seu lugar. Não era ao meu lado como eu sonhara, mas ainda é perto de mim. Você agora está atrás. bem atrás. no meu passado. não muito longe, confesso. mas está lá. ao longe. Seu lugar nunca foi ao meu lado, talvez você deveria repensar nossa história e ouvir aquela sábia música do Nenhum de Nós (Flores na cabeça) e tentar agora ser a testemunha da minha felicidade. Eu queria que a nossa tivesse sido linda, por que ao ouvi-la ficaria honrrada do que vivemos e da felicidade que um dia compartilhamos. Por que agora eu tenho um cara perdidamente apaixonado e tenho toda essa simplicidade que quis ter contigo, mas que entre nós nunca se encaixou. Queria agora que lesse meu versos e soubesse, e agora sem rancor nenhum, que esperava recordações mais bonitas e românticas do que tenho de nós dois. Mas nem tudo são flores, nem sempre podemos esperar ter aquilo que queremos. Mas meus sonhos, esse sempre estarão lá esperando para me guiar por caminhos tão alegres e sortudos quanto os que espero que tu tenhas. Por que se o seu lugar é lá trás como triste lembrança, o meu também deve ser assim para você. Embora eu sempre esperasse mais, foi o suficiente enquanto durou.

lembra?

Lembra quando eu dizia pra você que eu mantinha um diário? pois é tu tava nele. Tantas vezes. uma vez mamãe quase me pegou. mas não é sobre isso que queria falar. é que uma vez você me perguntou se você estava nele e eu me neguei a dizer. É  que a verdade é que você ocupava páginas inteiras de reflexões. é meio bobo eu sei, mas todo amor jovem adolescente é. eu me perguntava sempre o que seria de nós dois. até quando você iria me esconder do mundo. acho que algumas vezes tava doendo tanto sua indiferença que simplesmente colacava seu nome e um ponto final. uma maneira de dizer o quanto você me ocupava e que era a seu redor que eu vivia. incrível como você fugiu como um cervo assustado quando percebeu o quanto eu te amava. o quanto eu queria você perto de mim. tanto erros. tanta história. é que hoje relendo meu diário percebi quanto tempo havia se passado. um inverno inteiro. e eu achei que ficar parada aqui faria o mundo girar e trazer você de volta. pena amor, o tempo passou. e levou com ele qualquer resquício de sentimento que ainda vivia cá dentro de mim. foi embora. pra nunca mais. foi como foram as folhas do meu diário que hoje recordam somente o que nunca foi-nos possível viver.

domingo, 12 de setembro de 2010

E eu nem sabia que poderia ser assim. Tão leve, tão claro. solto, como um balão no ar. Um amor assim, quem não ia querer. Pena dos outros, sorte minha, e sua. E quem se sente assim quer ver no mundo essa alegria sem fim. Bom né, espalhar o amor em roda, rodar, cair, rir e sonhar. e como é bom amar.