Voando por..

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

enquanto estamos juntos...

Enquanto estamos juntos, seu olhar se perde nos meus em olhares tão profundos, tão cheios. Cheios de carinho, cheios de ternura. Cheios de amor. Não sei quando, percebi que esse seu olhar me fazia muito mais do que me deixar ruborizada. Ah, esse seu olhar! faz cócegas no meu coração, e as vezes me vejo meio bamba a retribuí-lo. só para que você saiba, o que isso faz em mim. E nem precisa muito de explicações mesmo. O amor se auto-explica. o amor nos auto-confunde. Nos entorpece, nos pacifica. nos paralisa em emoções, muitas vezes distintas e indescrítiveis. Aí, vamos perdendo tempo nesse jogo de olhar, sorrir, amar. E quando nos damos conta já é quase hora de voltar.
Talvez mesmo eu não saiba falar de amor tão bem quanto falo de dor, sofrimento. é que é mais fácil falar do que já foi muito vivido, do que desse sentimento louco que só agora sinto.

domingo, 29 de agosto de 2010

ilusão

Por muito tempo acreditei, desejei. Sonhei. Acreditei em nós, e que tudo o que tínhamos duraria eternamente. Por me iludir demais, acabei me distanciando do que vivíamos, do que sentíamos. Achar agora que você nunca deveria ter aparecido na minha vida, que foi um erro tremendo do destino nos unir, só faria aumentar a raiva que sinto aqui dentro de mim. E se quem errou foi só eu, por que você não tentou me mostrar o ato falho, por que insistiu tanto em me deixar voar nas asas dos meus sonhos. Não, não existem culpados para coisas que nunca aconteceram. Ou para meus sonhos não correspondidos. A culpa de um não vivido amor é um fardo grande demais para pô-lo em nossos ombros. Não houve culpados, só houveram erros acumulados de minha parte e também da sua. Talvez essa raiva toda venha do simples fato de saber. de ver hoje, só hoje, que você sabia o que não ia acontecer. que não existia futuro para nós. E que me deixou no escuro, aqui, sem me dar nenhuma forma de entender. Por que não foi com você.

relevância..

O relevante na nossa conversa foi a sensação do nada. Nada. Nenhum sentimento, nenhuma angústia, mesmo depois de eu ter me sentido uma idiota. Nada. Nem um desconforto provável veio á tona. E talvez, depois de tudo, eu tenha descoberto finalmente que era só frustração de um conto de fadas não correspondido. Acontece. Mais comum é a indiferença, a solidão. E agora percebo a sorte que foi.
Por que talvez eu só gostasse mesmo da pessoa que criei, imaginei, mas que nunca esteve comigo. Nem mesmo existiu. Estranho como a gente demora a reconhecer coisas que estão na nossa cara. Culpamos isso ou aquilo, ele ou ela, determinada situação, lugar, frase, ..palavra. Complicamos o que é fácil e compreendemos tarde pra caramba coisas que estavam a dois passos de nós. Alongamos uma distância tão pequena, e assim nos distanciamos da felicidade e alegria do momento.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

...

Ela olhou pra trás e disse: - Acho que então é adeus.  Ele assentiu com a cabeça. Um sorriso triste pintando nos lábios. - A gente se vê por aí. Ele tentou descontrair. De repente ficou ansiosa pra sair dali rápido. - Tenho que ir, thau! E começou a andar, bem rápido. fugindo. O mundo se abrindo a seus pés. Faltava ar, faltava chão. Faltava ele. - Eu também te amei. Foi o grito sussurado que ouviu. Parou. Tinha ouvido certo? Olhou pra trás, e viu toda a verdade bater-lhe na cara. Nada tinha sido um engano. A história deles foi real, ninguém se enganou. Mas era o fim. Isso os dois sabiam. Mas quem disse que o fim não dói, mesmo que esperado e sabido que nada é para sempre. Agora eles tinham o mundo para conquistar, e pessoas novas para amar e uma linda história de amor para contar. E quem sabe um dia, recomeçar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sem muito motivo

Sem muito motivo,
ou explicação,
minha vida muda de-repente,
sem minha supervisão.
E vou contando os passos,
caindo,
como sempre,
nesse imensa escuridão.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pensar, recriar...existir.

As vezes fico a pensar,
em coisas loucas,
e em loucos medos de errar.
E penso em coisas que já foram,
coisas que não voltam mais.
Coisas que me irritavam ontem,
e hoje não me irritam mais.
Será sempre assim
e é bom, pelo menos pra mim.
pensamentos sejam incontroláveis.
Só assim perdoo-me por coisas que não faço.
Mas que para mim são como crimes hediondos.
Consciência excessiva,
para coisas que não faço
e pessoas que não amo.
E assim me perco neste labirinto,
em que me faço de vítima e criminosa.
Em que os limites de minha existência
são difusos e implacáveis.
Em que pensar
seja meu único recurso de me recriar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As ironias..

A ironia do medo,
é o desespero.
A ironia do querer,
é o desejo.
A ironia do ar,
é amar.
e sonhar, que um dia nada vai acabar.
É mentira, ilusão, fracasso
de um eterno que teve fim,
de um sentimento que também está em mim.
É a farsa da realidade.
É pensar que tudo isso é verdade.
E viver procurando,
ansiando,
a sua cara metade.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Beira-mar, beira-alma

A brisa bate levemente em meus cabelos soltos,



essa brisa que vem do mar, que se estende diante de mim,


calmo e com ondas vacilantes,


eu penso.


Em mim mesma, refletida nele.


tão igual a ele.


Tão dentro nele,


e ele tão dentro de mim.


E essa calmaria agora,


o que será?


Mar calmo, alma tranquila.


Tranquila.


Mas não desatenta.


E é como se ela apenas descansasse para uma nova batalha.


Como se o arbitro da vida apenas lhe dissesse que a partida recomeçará,


daqui 15 minutos.


15 minutos, uma eternidade de tempo,


para quem tem ele disponível em demasia.


O mar só espera a lua,


eu só espero a próxima estação.


E o amor.


Com os olhos perdidos no horizonte,


deixo-me estar ali parada,


beira-mar, beira-alma.


Derramando-me inteira sobre meus sentimentos,


nado até a metade dos sonhos,


para perder-me no curso das ondas.


Deste adorável mar azul-felicidade que se estende até o horizonte que meus olhos lacrimejantes alcançam.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A nostálgica

Acho mesmo que sou muito nostálgica,
como explicar o fato de alguém sentir tanta saudade,
e de tanta coisa, como eu?
Clichê. Mas fazer o quê?

Por ter sido muito bom,
por ter vontade de melhorar o que viveu,
ou por que simplesmente,
nunca se esqueceu.

E de lembranças vou vivendo,
e talvez assim também vou me esquecendo.
Que não podemos viver só de lembranças,
pois na vida há ainda muito mais esperança.