Voando por..

terça-feira, 29 de junho de 2010

As decisões..

As decisões.


sempre elas.


benditas, malditas.


Mas sempre elas.

Mudam, transformam e nos levam,


sempre á novos horizontes,


sempre a novas decisões.


E reviram novamente


tudo.


Caminhos inesperados,


pessoas desconhecidas


e amores ansiados.

Ao longe..

Ao longe eu vejo,



dois pássaros na praia.


de perto nos vejo nós dois,


pés descalços na areia.






Ao longe eu vejo o sol se pôr,


todo céu em tons de rosa, roxo claro e azul petróleo ao fundo.


perto, eu via o pôr do sol em seus olhos,


de castanhas colhidas no pé.






Ao longe eu via tanta gente,


tanto futuro e vida junto.

Perto, eu não queria ver mais nada.


Já tinha visto tudo em você.


O amar agora,


meu maior prazer.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nem tudo é fogo.
Paixão platônica.
insensível rodo.
que passa sem dar notícias
de outras paragens.
E fico aqui remoendo,
velhas histórias como pastagens.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sonhos perdidos..

E todos os sonhos que tive?
Onde estão?
Onde perderão-se?
Onde esconderam-se?

Ou será que fugi a que fugi deles?
Temendo não suportá-los.
Com suas mãos melindrosas de polvo
a me envolver
a me enviar.
Para um mundo onde sempre quis estar.

E se eu disser que os quero de volta.
Com seu sabor doce e viciante.
Como fazer agora?
Longe de seus caminhos de aurora.
Longe de seu berço encantado de flores.

Cria-se novas inverdades
que nada mais são que tapa-buracos.
Criados pra não percebermos o quanto estamos perdidos.
Nesse mundo fútil e consumista.

Mas eu voltei de barco para dentro de mim.
Nadei desesperadamente até chegar.
E cheguei.
Voltei ao meu lar, os sonhos.
Me recusei a viver daquele jeito.
Mas ainda preciso mais.
Preciso recuperar o tempo perdido.
Os sonhos não vividos.
E os amores rejeitados.

Enquanto ainda há tempo.
Enquanto há pedaços de mim.
Enquanto a maré real não venha me iludir,
e me fazer acreditar em desistir.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Acho só que nunca vou entender.



Talvez ainda me custe crescer.


Talvez ainda viva um sonho.


Do qual sou apenas a coadjuvante da história.


Mas nunca a escritora,


nunca sabedora do futuro.


Almejando um final feliz,


antes da estréia.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nostalgia..


Sei que as vezes pareço louca, procurando as respostas que não vem a minha boca tão facilmente, quando lembro de chocolate. Sinto falta de tudo o que ainda não vivi. Sinto falta de mim. E do tempo em que achava que existiam as respostas pra todas as perguntas. E ao olhar em volta, sei do que preciso. Preciso do meu diário, de uma caminhada na praia, de ver o tempo escorrer gota a gota na varanda da minha casa. Preciso andar de bicicleta, tão rápido quanto as minha pernas permitirem, sentir no rosto o vento a embaraçar meus cabelos. E correr até na casa das minhas amigas contar coisas que não fariam sentido contar a mais ninguém. Sim, sou nostálgica. Sinto saudades até do que não vivi. E dos momentos que só existiram na minha cabeça.
Por que sei que o que vivi pode não voltar mais, e assim sendo só restam-me as lembranças e o desejo contínuo de lembrar o que não posso esquecer.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Estações

Um dia sol,
um dia chuva.
Inverno mar.
Verão é lua.
E nesses campos cobertos de flor,
vou voando eu,
feito um beija-flor.

domingo, 6 de junho de 2010

Rimas de ver, sentir, respirar

Difícil,
complexo,
viver.


Andar,
correr,
aprender.


Sonhar,
sorrir,
colorir.


Presente,
passado,
futuro a me pedir.


Mais beijos,
ensejos
de amar.


Enquanto a espera
se faz,
esperar,
nesse vício,
que temos,
de querer sempre mais,
de amar sempre mais,
de viver,
em paz.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Fernanda's

Confesso que errei
Confesso que pequei
E confesso, finalmente, que me embebedei.
De mim mesma
Ou melhor, de várias formas de mim.
De várias Fernanda's.
Nem todas elas boas,
nem todas más.
Diferentes apenas.

Ninna me perguntou:
- Feliz?
Não sei Ninna,
Não sei.
Não sei se mudei,
ou se só agora me achei.

Quantas partes de mim.
Quantas dúvidas, enfim,
quantos medos.
Mutos exageros.
E falta tempo.
Falta paz.

Tempo pra pensar.
Paz pra respirar, aceitar.
Compreender.
Qual das Fernanda's quero ser.

Melhor desabafar...

Vamos falar sobre isso.
Fale o que você tem pensado.
Fale o que você tem sentido.
Fale.
Desabafe.
Coloque tudo pra fora.
Essa angústia de não ser igual a todo mundo.
De ser do jeito que se é.
De saber que isso não dá pra mudar.
De saber que é melhor deixar pra lá.
Pra quando a razão retornar.
Pra então conversar.