Voando por..

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Degredo

Degredo-(latim decretum, -i, decreto, sentença)

s. m.1. Pena de desterro, imposta judicialmente como castigo de um crime grave.
2. Lugar onde se cumpre essa pena.
3. Fig. Lugar ou situação que provoca grande infelicidade.
4. Ant. Decreto.




Assim foi depois da volta. Um breve período de fugaz alegria. Cafés da manhã salpicados por risos e conversas. Almoços com cheiro de festa e gente feliz ao redor da mesa. Mas ao poucos as coisas voltaram a ser como era antes de sua partida. Fofocas, discussões e desentendimentos marcaram suas últimas semanas de férias. Não mais que de repente foi levada a seu degredo. Dentro de sua própria casa, seu degredo era a solidão a que foi condenada sem soubesse qual crime cometera para tanto. Aquela que era seu chão, seu esteio, sua amiga, sua mãe, revelou-se fria e implacável. Sem mais nenhuma briga ou sermão foi lhe dada a sentença final: o degredo. O degredo que para ela era a solidão no meio da multidão, a infelicidade perto de pessoas que amava, o degredo era seu próprio corpo que jazia abatido e apático diante de tudo isso. Nada. Nenhuma palavra foi dita. Nem uma lágrima derramada. O silêncio, e só. Era essa sua pena. Era esse seu degredo. Sua sina. A pior distância entre duas pessoas. Quando palavras não são mais importantes. Quando um pedido de desculpas já não resolve. O que se há de fazer? Degredada. Despedaçada. Arruinada. Sem cor. Sem nada.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

se toda tristeza tem fim, espero que essa seja assim..

E neste estado em que me encontro, dificilmente me reconheceria se passasse por mim agora. Tanta coisa vem me ocorrendo desde então que faltam suspiros á este dolorido coração. Meus erros, hoje tão evidenciados me propiciam este choro convulsivo a que me exponho repetidas vezes, quando destruída por meus próprios atos, me remendo com o a linha da culpa. Esta eterna e incurável conselheira que vem assaltar por vezes tarde da madrugada, causando-me insônia e depressão. Por vezes pensar é um auto-flagelo suficiente para que eu caia na realidade. Em vão, prosto-me por terra, a implorar e gemer a misericórdia que não tenho com alguns. E escondida, envergonhada passo horas a fio assim. Sentindo o mundo em minhas costas. Sentindo na carne, sentindo em mim, aquele o qual feri. 






Ás pessoas que leem este blog peço desculpas por esse texto que nada tem de feliz e alegre. Mas só posso escrever o que sinto, e não raro me sinto destroçada. Quem sabe outro dia terão alegre surpresa de virem por aqui, algo que lhes faça inspirar bons sentimentos, como não é o caso deste texto.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

...

Meu maior erro é não saber sentir igual a todo mundo. É não saber realizar em mim o incrível fato de não ser.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

e quando tudo voltar..

E quando tudo voltar ao normal. E quando eu retornar do planeta dos sonhos. E quando toda essa efémera felicidade se for. O que restará. Que embarcação me trará de volta da ilha da qual fui banida. Depois de tanto tempo já não sei mais o caminho daquela que um dia foi. Agora que fui longe demais nessa felicidade, nesse novo modo de ver e viver a vida, não há mais como voltar. Talvez nem queira mesmo. Descobri motivos demais para a mudança. Não quero mais voltar a ser a sombra que eu era. Arrasada por qualquer vento contrário que se interpusesse entre eu e qualquer forma de alegria. NÃO! Não vou mais ser descuidada com aqueles que me fazem bem, nem vou deixar no terreno do esquecimento a promessa de mudança que fiz. Atente-me bem, não estou falando de mudança de essência, essa não mudo, acho aliás muito difícil que alguém consiga mudar aquilo de que é feito. Estou falando em mudança no agir, em se fazer presente e, até, em fazer barulho mesmo, para mostrar a que venho. Para mostrar que agora é a hora de mudar. transfomar. melhorar. Fazer mais. Fazer o melhor. O meu melhor.  




Tornar-se o melhor de si é um dever de cada um para com a sua felicidade.