Voando por..

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amizade

Começar um texto é sempre muito difícil, de fato receio estar caindo sempre naqueles velhos clichês. E embora gostasse de ter alguma idéia original e inovadora, que realmente arrebatasse meus poucos leitores, sinto que estou longe disso ao escrever as primeiras linhas desse texto. Mas vá lá, qualquer dia consigo e reescrevo o ínicio deste que pretendia ser um texto inspirado na amizade, ou melhor no que sinto por algumas pessoas que me são caras ao coração. Sempre deduzi que quando a amizade  não era cuidada ela acabava junto com a cumplicidade e com a falta de entendimento do que se passava internamente com esses amigos. Porém, percebo agora que a falta de palavras, de contato ou convívio não alteram isso. Pelo menos não quando a amizade é baseada na compreensão de ser ler nas entrelinhas. Conheço pessoas que por mais longe que estejam conseguem me comunicar coisas sem ao menos me mencionar uma palavra diretamente. É isso que considero amizade, assim como o contrário também se aplica. As vezes não é preciso estar conectado o tempo todo para saber quando há algo errado com um amigo nem se falar todo dia para perceber que algo não vai bem. Amigos são assim. E eu sei que quando você ler isso, saiba que me preocupo com você e sei que você também sabe o quanto eu gosto de você. E que a gente sempre sabe quando algo não vai bem. 
Bjo,
da sua amiga.







Li hoje seu último texto

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

o grito.

Caminhando pela estrada de pedras, sentindo-se mais uma vez sozinha. Talvez porque estejam todos imobilizados, cansados de bater na parede invisível que criei. Não entendo direito como foi, vejo apenas vislumbres que nada me dizem ou me explicam da situação em que estou agora. Falta-me muito mais que pessoas, faltam- me palavras com que expressar algo que não é angústia, mas que também não é pesar. Falta-me músicas com as quais me embriagar. É algo aqui não dentro que parece não estar muito certo. Talvez eu precise de um novo Pará em minha vida ou de simplesmente um mergulho no mar. As derradeiras forças que tenho gasto-as cantando meu velho refrão de acalento: "..quero colo, vou fugir de casa, posso dormir aqui com vocês.."