E todos os sonhos que tive?
Onde estão?
Onde perderão-se?
Onde esconderam-se?
Ou será que fugi a que fugi deles?
Temendo não suportá-los.
Com suas mãos melindrosas de polvo
a me envolver
a me enviar.
Para um mundo onde sempre quis estar.
E se eu disser que os quero de volta.
Com seu sabor doce e viciante.
Como fazer agora?
Longe de seus caminhos de aurora.
Longe de seu berço encantado de flores.
Cria-se novas inverdades
que nada mais são que tapa-buracos.
Criados pra não percebermos o quanto estamos perdidos.
Nesse mundo fútil e consumista.
Mas eu voltei de barco para dentro de mim.
Nadei desesperadamente até chegar.
E cheguei.
Voltei ao meu lar, os sonhos.
Me recusei a viver daquele jeito.
Mas ainda preciso mais.
Preciso recuperar o tempo perdido.
Os sonhos não vividos.
E os amores rejeitados.
Enquanto ainda há tempo.
Enquanto há pedaços de mim.
Enquanto a maré real não venha me iludir,
e me fazer acreditar em desistir.
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