Toda vez que, suspeitosa do dia, iminentemente tedioso, ela faz a mesma coisa. Habituada com a solidão amigável de si,ela encontra parceria completa quando liga o som naquele blues gostoso de se ouvir ou nas lindas cabções da Gadu. Então, ela espreguiça-se gostosamente, coloca uma roupa descontraída e o sofá se torna sua moradia perpétua, por horas a fio. Ás vezes com um livro nas mãos, ás vezes somente o controle remoto, juntamente com a preguiçosa vontade de observar a vida passar ante seus olhos. Sem pensar que isto seria um desperdício de tempo, como suspeitaria certas pessoas. Apenas realizando um desejo eterno e invejável da sua, tão comum, humanidade. Almejando a parada do tempo, para entender o porque de tanta pressa para se chegar ao nada. Se tudo é mutável, nada é permanente, as coisas são como deveriam ser, e mais, no final, acabamos no memos. Então,para que correr, se as coisas que virão são nossas virão, mais cedo ou mais tarde. Melhor deixar-se levar pelo sabor da brisa que a carrega como um barquinho de papel ao sabor da maré. Ora, que bela maneira de expressar o merecido descanso matinal, em que me envolvo nesses dias,em que nada mais me apetece.

dias para não se fazer nada, nem mesmo pensar.
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